terça-feira, 3 de maio de 2011

Dia Internacional da Liberdade de Imprensa

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Hoje comemora-se o dia internacional da liberdade de imprensa (liberdade?) e quero aproveitar a data de reflexão para alguns pensamentos sobre liberdade, imprensa na época de redes sociais e a sua marca. Como assim? Liberdade é um conceito bastante abstrato e muito complexo de se chegar a alguma conclusão. Dizer que somos livres para isto ou livres para aquilo não quer dizer que realmente sejamos livres. Uma das maiores revoluções que estamos presenciando hoje são as redes sociais. A imprensa desde Guttenberg mudou muito. Hoje inclusive deixou de ser impressa. Uma mudança que está mudando o comportamento da mídia como um todo. A propaganda hoje é bem mais livre (como assim?) do que antes. Hoje temos marcas na TV, rádio, internet  e redes sociais. Uma exposição forte e direta na cabeça do consumidor. Na advocacia temos muitas restrições, mas mesmo assim, a informação é um dos direitos do advogado, além de ser seu munus público. Embora tudo isto esteja acontecendo, na internet não temos um controle do que é postado. Isto pode ser um sintoma excelente para a liberdade de imprensa, mas ao mesmo tempo um risco as marcas empresariais. Não estou afirmando que sou a favor da censura ou do controle da internet, pelo contrário, sou defensor desta liberdade de expressão. Contudo, como tudo na vida, temos que ter moderação. Usar a internet para difamar marcas simplesmente não é um bom negócio. Ao fazer um post positivo ou negativo de uma marca você está assumindo a sua posição e gerando consequencias a quem lê. Como assim? Exemplo prático: Sou usuário de um Mac e estou satisfeito. Faço um post comparando o Mac ao Windows e os usuários de windows começam a me ofender, porque acho o Mac superior. Dentro da minha liberdade, posso achar um melhor que o outro e devo respeitar a opinião de quem pensa em contrário. Ao mesmo tempo, estou assumindo que penso que o Mac é melhor e muitos que antes me seguiam, podem perder o interesse. O que isto representa a sua empresa/escritório/negócio? Que tudo que você opina e posta na internet está sendo gravado, avaliado e digerido por consumidores do seu produto/serviço ou possíveis consumidores. Se você, advogado, tem um twitter, facebook, orkut, etc e vive postando bandalheiras, baixarias, etc, é a sua marca que está sendo posta em jogo. A sua e a do escritório que trabalha. Por isto é tão comum as pessoas verificarem perfis on line antes de contratar. Quero contratar o advogado fulano de tal, qual a primeira atitude? Colocar nome dele no Google. Daí vejo postagens racistas, piadas com raças e credos, etc. Qual a credibilidade que ele tem para com o meu processo? Você pode achar que isto ocorre muito pouco ou com poucas pessoas. O mundo está se transformando e a cada dia temos mais e mais pessoas conectadas nas redes sociais e fazendo amigos, negócios e muito mais. Quem ainda não se entregou a estas tendências está com dificuldade de compreender o mercado, inclusive. Posso dizer que sou livre empresarialmente se não conheço o mercado onde vivo? Penso que não. Qualquer um tem direito de postar seus pensamentos e atitudes na internet e de graça. Agora as consequencias legais disto (crimes, direitos autorais, etc) e principalmente as consequencias para a sua própria marca (seja seu nome ou do escritório) são quase irreparáveis. Poste suas ideias, atitudes e vontades, mas o faça racionalmente, pensando nas consequencias. A liberdade é assim, começa e termina em nós, mas sem afetar a pessoa ao lado.

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