Servirá de consolo?
No meu caso, aos 64 anos, fui alcançado por um desafio. Passei a acreditar em destino. Por uma suspeitíssima sugestão de Gustavo Krause, amigo e sósia. Diga-se que no passado, o número dos que nos achavam parecidos era muito maior. As rugas do presente acentuaram as diferenças. Bem, GK é o responsável por tudo isso. Sugeriu o meu nome para o prefeito de Gravatá, Ozano Brito Valença, para ocupar o cargo de Secretário de Turismo. Primeiro, foi um impacto. Nunca tive qualquer contato interno com a máquina do setor público. Fiz uma série de ilações. Perdi o sono. Ponderei.
De princípio, não poderia faltar a Gravatá.
O primeiro encontro com o Prefeito aconteceu em 21 de dezembro e no dia 29 do mesmo mês, aceitei o convite.
Quem sabe, será o último desafio da minha vida.
Coragem não me faltará.
Quem me conhece, sabe que estou classificado dentre os destemidos. A seriedade do prefeito Ozano Brito e o quadro exibido de suas boas intenções me convenceram. Para tudo isso, muito influenciou ser gravataense. Ser louco pela minha terra, ainda que nunca tenha morado nas suas urbes. Mas, sempre ligado por propriedades rurais e possuir segunda residência no campo. Minha mãe, Nilza Guerra, era legítima gravataense e o meu pai, Inaldo Guerra, por opção e coração mais gravataense do que muitos que lá nasceram.
Conclui: é missão nativa.
De fato, no dia 3 de janeiro deste ano, lá estava eu, fazendo discurso de posse. De improviso, deixei o coração falar. Transmiti que não estava ali por vocação política. Não sou sequer filiado a qualquer partido. Embora tenha as minhas preferências e identidades. Para aqueles que bem me conhecem, tenho ligações familiares e pessoais com Roberto Magalhães e com Marco Maciel, este também por herança paternal. Nunca neguei, no entanto que sou jarbista de carteirinha. Admitido desde 1978. Quando vencemos e não levamos. Foi uma Vitória de Pirro. O casuísmo ditatorial impediu que Jarbas assumisse a senatoria, criando a vinculação de votos das legendas. Como Jarbas Vasconcelos, tenho como característica, a fidelidade. A esta altura, será difícil mudar. Pela proposta financeira, jamais me sentiria atraído. Mas, pelo amor a Gravatá. Tudo valerá à pena.
Prego batido e ponta virada, Senhor Prefeito.
Aceitei o cargo tentando fazer que Gravatá passe a pensar grande. O clima é o responsável pela descoberta do turismo gravatense. O turismo de eventos está consolidado. Mas, temos muito que fazer: turismo de negócios, religioso, de aventura, dinamização do turismo rural e muito mais. Começa pela necessidade que a cidade tem que possuir um equipamento para onde possam convergir congressos, seminários, exposições e feiras. Teatro que possibilite a edição de festivais. Seria um versátil Centro de Convenções. Depois, aparelhar a Vila Olímpica para receber uma das seleções que virão disputar a Copa do Mundo 2014, no Recife. Obedecendo ao rigoroso caderno de exigências da FIFA. Explorar turisticamente, as reservas naturais. Melhorando a infraestrutura. Gravatá tem o privilégio de possuir a Mata Atlântica (verde) e Caatinga (branca). Inscrições rupestres. Banhos e cachoeiras devidamente catalogadas para buscar a permanência dos turistas. Turismo é a vitrine da cidade. Turismo engloba tudo: saúde, educação, desenvolvimento econômico sustentável.
Destaco também as flores da cidade. Qual a mulher que não se sensibiliza com um arranjo de rosas vermelhas ou flores do campo? Gravatá tem em abundância. Gravatá tem amor. Darei tudo de mim. O tempo responderá se fiz o melhor. Assim, peço a Deus, a meus pais e a Santana, a mãe da judia Maria, que me iluminem para tudo fazer, na medida do possível, o máximo para Gravatá.
PS: Não sou, mas estou secretário de Turismo de Gravatá. O cargo é do prefeito.
Secretário não tem a legitimidade do voto. Dependerá sempre da minha vontade e a do Prefeito Ozano.
Fonte : Folha de Pernambuco
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